Educação

Ocupação de escolas coloca “reorganização” em xeque

Ocupada por aluno e cercada pela PM, a Escola Estadual Fernão Dias está se tornando um dos símbolos da resistência estudantil

Escola Fernão Dias
Movimentação de estudantes em frente ao Escola Estadual Fernão Dias SP - OCUPAÇÃO COLÉGIO FERNÃO DIAS/PINHEIROS - GERAL - Movimentação de estudantes em frente ao Colégio Fernão Dias, no bairro de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo (SP), na manhã desta quarta-feira (11). Estudantes ocuparam a escola na manhã desta terça-feira (10). O protesto é contra o fechamento de escolas para a reorganização da rede de ensino estadual. 11/11/2015 - Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Dias antes do governo de São Paulo cravar quem serão os 311 mil alunos transferidos de suas escolas para outras unidades no plano de reorganização da rede pública, cujo objetivo é fechar 94 unidades, alguns estudantes resolveram ocupar suas escolas em protesto.

Em Pinheiros, uma das áreas mais nobres de São Paulo, a ação atraiu uma reação policial desproporcional e agora a Escola Estadual Fernão Dias vai se tornando símbolo da crise.

Veja lista de escolas que o governo do Estado pretende fechar

A Fernão Dias, na avenida Pedroso de Moraes, amanheceu ontem trancada por dentro pelos próprios alunos. Pais e outros estudantes voltaram para casa, enquanto alguns aderiram e entraram. Os policiais cercaram a instituição e o quarteirão.

Na região metropolitana de São Paulo, a escola estadual Diadema também está ocupada por alunos, mas sem a mesma repercussão. Em Mogi das Cruzes, a tradicional escola estadual Firmino Ladeira, estava na lista para fechar, mas na semana passada a decisão foi revista após protestos.

O secretário Herman Voorwald anunciou que as famílias e estudantes seriam recebidas nas escolas para informar das transferências e fechamentos de cada um no próximo dia 14, sábado.

A reorganização foi anunciada no final de setembro, mas as escolas envolvidas só seriam listadas em novembro. O anúncio dos nomes acabou antecipado, mas estudantes, professores e comunidade reclamam que não houve qualquer diálogo.

As ações dos alunos estão sendo transmitidas quase ao vivo em páginas do Facebook como “Não fechem minha escola”.

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