Carta Explica
Como o El Niño afeta o clima?
Entenda os efeitos que esse fenômeno exerce ao redor do mundo e as consequências para o nosso cotidiano
O que é o El Niño?
Ele é um fenômeno que acontece na atmosfera e no oceano. Quando as águas do Oceano Pacífico Tropical se aquecem além do normal, acabam mudando o clima do mundo todo.
Por que o fenômeno tem esse nome?
“El Niño” quer dizer “o menino”, uma menção ao menino Jesus, já que os primeiros a perceber o fenômeno foram pescadores peruanos por volta de 1600, justamente na época do Natal.
O que muda no clima do planeta?
Basicamente, há uma mudança nos padrões de vento, o que acaba afetando as chuvas nos trópicos e nas regiões com latitude média.
Afetando como? O que pode mudar quando acontece o El Niño?
São muitos os exemplos que podemos citar. Um deles é na América do Sul. Sem o El Niño, a pesca no litoral do Chile e do Peru é muito abundante. Isso acontece porque quando as chuvas e os ventos são normais, a água do oceano fica mais alta na Indonésia do que na região próxima ao Equador.
Como a água é deslocada em direção ao oeste, as águas mais profundas próximas à América do Sul conseguem chegar à superfície. Essas águas estão cheias de alimentos, o que agrada e atrai os peixes. Como muda os ventos, o El Niño impede que isso aconteça, e a água superficial (e mais quente) não permite que a mais profunda suba.
Mas e as chuvas e coisas assim? Acontecem por causa do El Niño?
Sim. Como já dissemos, ele muda o clima do mundo inteiro, principalmente na região do Oceano Pacífico. Por exemplo: causa chuvas em excesso na costa da América do Sul, aquece o inverno em alguns estados dos EUA, causa secas na África e na Austrália, verões mais quentes que o normal na Europa.
Qual é o efeito no Brasil?
Ele aumenta as temperaturas nas regiões Norte e Nordeste e causa excesso de chuvas no sul, o que prejudica muito a agricultura local. As chuvas no semiárido do Nordeste diminuem ainda mais.
O El Niño acontece todo ano?
Não. Ele costuma acontecer em intervalos de dois a sete anos.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.