Educação

Guia de gênero e sexualidade serve de apoio para educadores

Com linguagem simples, guia conceitualiza questões e oferece abordagens pedagógicas

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Por Carol Scorce

O debate público sobre questões que envolvem gênero e sexualidade, e que há alguns anos ganhou força no país quando governos tentaram incluí-lo nas ações pedagógicas das escolas a partir do Plano Nacional de Educação, não raro é feito pelo campo conservador – que defende a tese de uma ideologia de gênero – com discursos baseados na desinformação. Na contramão deste tipo de discurso, o coletivo de educaomunicação Viração lançou para download gratuito o Guia de Gênero e Sexualidade para Educadores (as).

Em linguagem simples e objetiva, o guia explica as diferenças conceituais entre sexo biológico, identidade gênero e orientação sexual, e propõe que o debate seja feito nas escolas a partir da promoção do respeito às diferenças. “Para boa parte dos educadores o debate sobre questões de gênero é incipiente. Embora haja uma adesão à ideia geral, questões conceituais ainda estão pouco claras. Nos preocupamos em elaborar esse material de maneira mais didática possível, acessível e possível de aplicar em realidades diversas”, explica Paula Bonfatti, jornalista responsável pelo guia.

Leia mais: Como trabalhar a igualdade de gênero nas escolas 

A introdução sugere a relevância do material em um ambiente (o escolar) onde a diferença já é a realidade: “A escola, como parte integrante da sociedade, reproduz relações de desigualdade entre meninos e meninas, entre brancos e negros, entre heretossexuais e pessoas LGBs, entre cisgêneros, transsexuais e travestis. E sendo a escola o primeiro espaço de sociabilização, é lá que crianças e adolescentes convivem, pela primeira vez, com todas essas diferenças.”

Em poucas semanas o guia conta com mais de dois mil downloads, feitos em diferentes regiões do país, inclusive cidades do interior. Voltado para educadores, o guia recomenda exercícios a serem feito com alunos a cima de onze anos, propondo, nesse caso, que os alunos compreendam o caráter social dos estereótipos de meninos e meninas, e repensem práticas do cotidiano e suas consequências, como a violência contra a mulher e homossexuais.

Leia também: 84% dos brasileiros apoiam a discussão de gênero nas escolas 

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